Política de dividendos reforça otimismo do BTG Pactual com a Petrobras

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

O BTG Pactual reiterou sua visão positiva sobre a Petrobras, recomendando compra para os papéis, apontando que a valorização recente pode ainda não ter alcançado todo o potencial. No último pregão (22), as ações PETR3 e PETR4 subiram 5,23% e 3,98%, respectivamente, refletindo o otimismo com os dividendos anunciados.

Por volta de 15h25, as ações operavam mistas: PETR3 recuava 0,90%, cotada a R$ 42,85, enquanto PETR4 subia 0,33%, a R$ 39,29. Na visão do banco, PETR4 possui um preço-alvo de R$ 52, uma expectativa de prêmio de 33% em relação ao valor do último pregão.

Segundo o banco, o alívio observado no mercado após o anúncio do Plano de Negócios 2025-2029 e dos dividendos extraordinários reflete a percepção de uma gestão mais disciplinada nos investimentos, sem comprometer a capacidade da estatal de sustentar dividendos robustos no futuro.

Distribuição de dividendos eleva valor da empresa

Na sexta-feira (22), a Petrobras anunciou um dividendo extraordinário de US$ 3,4 bilhões, equivalente a um yield de 4%. Esse montante se soma aos US$ 15 bilhões distribuídos em 2024. Para o BTG, esse pagamento inesperado reforça a confiança do mercado na política de distribuição de proventos da estatal.

Embora o simples pagamento de dividendos não crie valor em teoria, o banco argumenta que, em casos inesperados, a percepção de menores riscos e maior previsibilidade nos pagamentos futuros pode justificar múltiplos mais elevados. Esse fator, aliado ao desempenho consistente no pré-sal e aos baixos custos de produção, fortalece o potencial de valorização das ações.

Revisão na estrutura de capital

O Plano de Negócios da Petrobras incluiu ajustes importantes na estrutura de capital. A estatal reduziu a meta de caixa mínimo de US$ 8 bilhões para US$ 6 bilhões e estabeleceu um intervalo para a dívida bruta de US$ 55 a US$ 75 bilhões, substituindo o limite anterior de US$ 65 bilhões.

O BTG estima que, com essa flexibilização, a Petrobras pode gerar mais de US$ 12 bilhões em espaço adicional no balanço, o que pode ser usado para financiar investimentos ou ampliar a distribuição de dividendos. O banco destacou ainda que a dívida financeira da companhia segue em declínio desde 2020, refletindo maior disciplina financeira.

Setor de etanol traz desafios para a Petrobras

Apesar do otimismo, o BTG apontou riscos relacionados à intenção da Petrobras de retornar ao setor de etanol, com projetos estimados para produzir cerca de 2 bilhões de litros anuais.

O banco avalia que, embora menos arriscado do que iniciativas em energia eólica, o segmento de biocombustíveis apresenta retornos inferiores ao negócio principal da empresa, a exploração e produção de petróleo no pré-sal.

Os analistas consideram que o mercado teria uma percepção mais favorável se os recursos destinados ao etanol fossem distribuídos como dividendos, permitindo que os acionistas decidissem alocar o capital em empresas mais experientes no segmento de renováveis.

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