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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, acelerou em novembro e subiu 0,62%, ante os 0,54% de outubro, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 12 meses, a inflação subiu para 4,77%, superando o índice de 4,12% registrado anteriormente. Tanto o resultado mensal quanto o acumulado ficaram acima das expectativas do mercado, que previa variações de +0,50% e +4,64%, respectivamente.
Com o índice acumulado ultrapassando o teto da meta inflacionária, de 4,5%, economistas passam a prever um aumento da Taxa Selic em um ritmo mais acelerado. Segundo Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital, o boicote ao Carrefour também pode impactar os preços.
“Diante desse cenário [de inflação elevada], o nosso Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS) indica uma probabilidade de 62,7% de um aumento de 0,75% na Selic na próxima reunião do Copom, levando a taxa de juros para 12% até o final do ano, acima dos 11,75% previstos há apenas algumas semanas”, afirma.
Alimentação e bebidas lideram impacto no IPCA-15
O grupo Alimentação e Bebidas teve a maior variação (+1,34%) e impacto de 0,29 p.p no IPCA-15 de novembro, registrando aumento pelo terceiro mês consecutivo.
Os preços de itens como óleo de soja (+8,38%), tomate (+8,15%) e carnes (+7,54%) foram os principais responsáveis pelo avanço, enquanto cebola (-11,86%) e frutas (-0,46%) tiveram quedas.
A alimentação fora do domicílio mostrou desaceleração, passando de +0,66% em outubro para +0,57% em novembro.
Passagens aéreas e combustíveis pressionam transportes
No grupo Transportes (+0,82%), o destaque foi o aumento de 22,56% nas passagens aéreas, que sozinha contribuiu com 0,14 ponto percentual no índice mensal. Nos combustíveis, houve alta no gás veicular (+1,06%) e na gasolina (+0,07%), enquanto o etanol (-0,33%) e o diesel (-0,17%) registraram recuos.
Em São Paulo, os preços dos serviços de trem, metrô e integração caíram em novembro devido à gratuidade em dias específicos como eleições municipais e provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Maiores variações regionais
Entre as regiões analisadas, Recife registrou a maior alta (+0,94%), impulsionada por aumentos na gasolina (+6,34%) e nas passagens aéreas (+21,12%). Em contrapartida, Porto Alegre apresentou a menor variação (+0,25%), influenciada pela queda nos preços da energia elétrica residencial (-1,67%) e da gasolina (-1,31%).
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