Primeiro semestre de 2024 bate recorde de calor global; Confira previsões!

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

O ano de 2024 já se destaca nos registros climáticos como possuidor do primeiro semestre mais quente de todos, de acordo com informações divulgadas pelo relatório mensal da agência norte-americana para os oceanos e o clima (NOAA). A marca alarmante reflete um aumento considerável em relação aos padrões históricos, posicionando as temperaturas superficiais globais em 1,29°C acima dos 13,5°C, valor médio do século 20.

Desde o início do ano até junho, foi observada uma ascensão contínua dos termômetros tanto em áreas terrestres quanto marinhas. Analistas da NOAA apresentam uma previsão preocupante: há 59% de chances de 2024 ser o ano mais quente já monitorado, além de uma certeza de 100% que estará entre os cinco primeiros em termos de temperaturas elevadas.

Junho quebra recordes de calor na América do Sul

No detalhamento recente sobre as condições climáticas, o mês de junho mostrou excepcionalmente temperaturas extremas no hemisfério sul, especialmente na América do Sul, onde os termômetros ultrapassaram o recorde anterior do mês por impressionantes 0,51°C. Esse intenso aquecimento teve efeitos diretos na região do Pantanal, onde foram registrados mais de 2.500 incêndios florestais apenas em junho.

Como as temperaturas elevadas afetam as zonas úmidas?

A agência técnica destacou a relação direta entre as altas temperaturas e uma seca atípica na maior zona úmida tropical do mundo, o Pantanal. Este fenômeno conduziu ao início mais severo da temporada de incêndios na história da região, com um número de casos seis vezes maior que em junho de 2020, ano até então com maior atividade de incêndios documentada.

O impacto do aquecimento global e acordo de Paris

Em paralelo, dados liberados pela agência europeia Copernicus em 8 de julho apontam que o aumento de temperatura do mês de junho ultrapassou em 1,5°C os valores estimados para um mês de junho há cerca de 150 anos atrás, no período pré-industrial. Segundo especialistas, este padrão sugere que a trajetória climática global segue precisamente no limite estabelecido pelo Acordo de Paris. Este acordo internacional visa mitigar os danos mais severos do aquecimento global resultado das intervenções humanas na natureza.

Além do mais, a análise anual mostra que a média de temperatura dos últimos 12 meses foi a mais alta nunca antes registrada pelo Copernicus, 0,76°C acima da média de 1991-2020, e 1,64°C maior que a média pré-industrial.

Estes números refletem uma transformação significativa e alarmante do nosso sistema climático. Conforme aventado por Carlo Buontempo, diretor do Serviço Copernicus para a Mudança Climática, diversas mudanças extremas poderão continuar surgindo enquanto os níveis globais de gases de efeito estufa continuarem elevados.

Revisão histórica das temperaturas globais

Impacto das temperaturas no ecossistema do Pantanal

Análise do cumprimento dos termos do Acordo de Paris

Este panorama ressalta a necessidade urgente de ações efetivas em política ambiental e cooperação internacional para controlar e, idealmente, reverter as tendências preocupantes observadas no comportamento climático global.

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