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A produção industrial brasileira recuou 0,3% em dezembro de 2024 na comparação com novembro, abaixo das estimativas do mercado, que esperava uma queda mais acentuada, de 1,5%. Esse é o terceiro mês consecutivo de retração do setor, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (5).
No acumulado do ano, a indústria cresceu 3,1%, após registrar um crescimento modesto de 0,1% em 2023. Após esses resultados, a produção industrial fica 1,3% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas 15,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
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Desempenho dos setores na produção industrial
A retração em dezembro foi puxada por três das quatro grandes categorias econômicas e por 15 dos 25 segmentos industriais analisados. Entre os setores com maiores quedas, destacam-se:
- Máquinas e equipamentos: -3,0%, após dois meses de crescimento
- Produtos de borracha e material plástico: -2,5%, acumulando -3,7% em dois meses
- Metalurgia: -1,5%
- Produtos químicos: -0,8%
- Veículos automotores, reboques e carrocerias: -0,8%
Por outro lado, oito setores registraram avanço, com destaque para:
- Indústrias extrativas: avançou 0,8%, somando 1,1% em dois meses de alta
- Bebidas: subiu 3,2%, revertendo quatro meses seguidos de queda
- Celulose, papel e produtos de papel: avançou 2,2%
- Confecção de vestuário e acessórios: cresceu 4,0%
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Impacto nas grandes categorias econômicas
Na divisão por grandes categorias, apenas bens intermediários tiveram alta em dezembro (+0,6%). Já os demais segmentos registraram queda:
- Bens de consumo semi e não-duráveis: recuou 1,8%
- Bens de consumo duráveis: contraiu 1,6%
- Bens de capital: caiu 1,1%
O desempenho negativo de bens de capital, que inclui máquinas e equipamentos utilizados para produção, pode indicar uma desaceleração nos investimentos produtivos no curto prazo.
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