Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
O Golpe do Delivery, também conhecido como Golpe da Maquininha de Cartão, surgiu em meio à pandemia de COVID-19 devido ao aumento do uso de aplicativos de entrega, como Ifood, Rappy e Uber Eats. Os golpistas se aproveitam dessa popularidade e do processo de entrega para enganar as vítimas. Após um pedido ser realizado via aplicativo, a vítima recebe uma ligação de alguém que se identifica como funcionário do restaurante, alegando que ocorreu um problema na entrega.
Nessa ligação, pode ser informado que o motoboy responsável sofreu um acidente ou que não compareceu para retirar a comida. Como solução, é solicitado que o cliente pague uma taxa adicional para que outro motoboy finalize a entrega. Ao receber a entrega, a vítima realiza um pagamento via máquina de cartão, sem perceber que o valor debitado é muito maior do que o informado.
Como evitar cair no Golpe da Maquininha?
Para se proteger do Golpe da Maquininha, é crucial estar atento a alguns detalhes ao realizar um pedido por aplicativos de entrega. Primeiramente, nunca aceite pagar valores adicionais que não foram previstos no aplicativo. Todos os custos devem ser informados no momento do pedido; qualquer valor extra pode ser um sinal de golpe.
Outro ponto importante é verificar a maquininha de cartão ao efetuar o pagamento. Com o dispositivo em mãos, observe se o valor da transação já está indicado sem a necessidade de o motoboy digitar qualquer número. Se estiver, cancele a operação pressionando o botão vermelho. Em caso de dúvidas, recuse a operação e informe imediatamente a situação ao restaurante e ao aplicativo.
Quais passos seguir após perceber que caiu no golpe?
Se, infelizmente, a fraude já tiver ocorrido, é vital agir rapidamente. O primeiro passo é entrar em contato com o banco para relatar o incidente e solicitar o bloqueio do valor. Além disso, um Boletim de Ocorrência deve ser registrado, preferencialmente online, pois as instituições financeiras podem exigir esse documento.
É recomendado também solicitar o estorno do valor ao aplicativo de entrega. Nesse processo, o aplicativo pode ser responsabilizado, considerando que o consumidor espera que os entregadores cadastrados na plataforma sejam confiáveis. Caso o aplicativo negue o reembolso, consulte um advogado para buscar a devolução judicialmente, além de possíveis indenizações por danos morais.
O que dizem os julgamentos sobre o Golpe do Delivery?
O Tribunal de Justiça de São Paulo já se posicionou em casos relacionados ao Golpe do Delivery, condenando tanto bancos quanto aplicativos de entrega a ressarcirem as vítimas. Em uma decisão recente, o banco e o aplicativo UberEats foram condenados a devolver o valor perdido e a pagar uma indenização por danos morais.
Tais decisões mostram que, mesmo sem a identificação do estelionatário, é possível obter judicialmente o reembolso dos valores perdidos. Isso se justifica pela responsabilidade dos serviços de entrega, que devem garantir a segurança no processo de compra e entrega aos seus usuários.
O que fazer para diminuir riscos em transações online?
A leitura cuidadosa das políticas de segurança de aplicativos e bancos pode ajudar a evitar golpes. Além disso, muitas instituições oferecem opções para configurar alertas de transações, o que pode ser uma ferramenta útil para detectar atividades suspeitas rapidamente.
Mantendo-se vigilantes e adotando práticas seguras, como a não aceitação de cobranças adicionais e o questionamento de qualquer irregularidade, os consumidores podem se proteger de fraudes financeiras em plataformas de entrega e outras transações online.
O post Quem pede comida pro delivery recebe importante comunicado apareceu primeiro em Monitor do Mercado.
