As questões que ficam são, primeiro, o que teria causado a mudança da postura da Band e, segundo, o que vai acontecer com os direitos de transmissão.
Esse período entre julho e setembro coincidiu com o surgimento da possibilidade do piloto brasileiro Gabriel Bortoleto estar no grid da F1 ano que vem. Tanto Band, quanto Globo, sabem como isso elevaria o patamar de audiência e, consequentemente, de valores de mercado da categoria. E isso pode ter feito a Band mudar de ideia.
Na ótica da Fórmula 1, em que pese o apoio dos fãs do esporte pelo espaço que a Band tem dado à categoria, os números de audiência são baixos demais para um mercado como o brasileiro.
E não é apenas a Liberty que pensa dessa maneira. Eles sofrem a pressão de parceiros como a Mastercard para melhorar a situação dos direitos no Brasil. Trata-se de um mercado estratégico para várias das parceiras mundiais da categoria e muitos deles sentem que este mercado não está sendo tão bem aproveitado como poderia.
O cálculo da F1 é de que a Globo conseguiria entregar mais do que a Band consegue atualmente mesmo mostrando menos corridas. E, com a maior visibilidade, aumenta também o lucro.
Até porque trata-se de um acordo de revenue share, ou seja, divisão do lucro com anunciantes entre as partes, 15 corridas ao vivo na TV aberta, com transmissão simultânea no SporTV e o restante das sessões no canal pago, além do acesso do aplicativo F1TVPro não sofrer alterações em relação ao funcionamento atual.
Publicitário e Jornalista.