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Os mercados globais operam sem uma tendência clara, com os investidores aguardando a divulgação de dados de inflação nos EUA, que devem orientar as decisões de juros do Federal Reserve (Fed).
Além disso, o primeiro debate presidencial norte-americano entre Donald Trump e Kamala Harris também influencia o humor dos investidores. No Brasil, o mercado segue atento à decisão de juros do Copom e ao desempenho de empresas locais.
Bolsas globais sem direção definida
Os principais índices das bolsas internacionais estão apresentando variações mistas. Enquanto o S&P 500 futuro registra uma leve queda de 0,3%, as bolsas europeias, como o Stoxx 600, sobem 0,3%.
No Japão, o Nikkei fechou em queda de 1,5%, e o índice Shanghai SE também recuou, com baixa de 0,8%. Essas variações refletem as incertezas econômicas globais, em especial relacionadas à inflação e à política monetária.
Principais índices do mercado:
S&P 500 Futuro: -0,3%
Stoxx 600: +0,3%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,1%
Nikkei 225 (Japão): -1,5%
Shanghai SE Comp.: -0,8%
Hang Seng (Hong Kong): -0,7%
Petróleo e minério de ferro em recuperação
O petróleo WTI apresentou uma recuperação de quase 3%, sendo cotado a US$ 67,5 o barril, após atingir seu menor valor em dois anos no dia anterior, com preocupações sobre a demanda.
Já o minério de ferro, negociado em Singapura, também teve alta, subindo 2,6% e sendo cotado a US$ 93 por tonelada.
Essas movimentações beneficiam empresas do setor de commodities, que foram pressionadas nas últimas sessões.
A alta no preço do petróleo, por exemplo, pode impulsionar as ações da Petrobras, que na véspera caíram devido à forte desvalorização da commodity.
Cotações de commodities:
Petróleo WTI: +2,7%, a US$ 67,5/barril
Minério de Ferro (Singapura): +2,6%, a US$ 93/tonelada
Cenário internacional
O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA será divulgado hoje, às 9h30 (horário de Brasília). A expectativa do mercado é de uma alta de 0,2% em agosto na comparação mensal e de 2,5% na anual.
Caso o dado venha acima do esperado, pode aumentar a pressão sobre o Fed para manter uma postura mais rígida na elevação de juros, o que impactaria negativamente as bolsas globais.
O aumento das taxas de juros afeta o custo do crédito, tornando-o mais caro, o que tende a desacelerar o consumo e o crescimento econômico.
Cenário doméstico
No Brasil, a deflação de 0,08% no IPCA de agosto surpreendeu o mercado. A inflação anual está próxima de 4,5%, dentro da meta do Banco Central, o que levanta dúvidas sobre um possível aumento da taxa de juros na reunião do Copom na próxima quarta-feira (18).
O mercado está dividido entre a manutenção e uma elevação de 0,25 ponto percentual na Selic. Um aumento poderia frear o consumo e desacelerar a economia, mas é visto como necessário para manter a inflação sob controle no longo prazo.
Empresas
Petrobras: Após a queda do petróleo no pregão de ontem, que derrubou as ações da estatal em mais de 2%, a empresa aguarda melhores condições para definir um possível corte nos preços dos combustíveis.
CCR: A concessionária de rodovias apresentou um crescimento de 3,6% no tráfego de veículos em agosto, indicando uma recuperação da demanda.
Vivara: A rede de joalherias expandiu sua operação com a abertura de quatro novas lojas nos últimos dois meses, chegando a 429 unidades.
Kora Saúde: Os acionistas da empresa aprovaram o grupamento de ações na proporção de 10 para 1.
AES Brasil e Auren: Acionistas aprovaram a fusão dessas duas empresas de energia, criando um novo player relevante no setor.
Imagem: Piqsels
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