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O mercado financeiro global continua sendo influenciado por novos dados econômicos, discursos de autoridades monetárias e tensões geopolíticas. Após uma semana de fortes ganhos nas bolsas, os investidores se preparam para o fechamento de hoje com a possibilidade de realização de lucros.
Desempenho dos mercados globais
Os novos dados de atividade econômica dos Estados Unidos, divulgados nos últimos dias, reduziram o temor de recessão e impulsionaram as bolsas globais. O S&P 500 acumula uma alta de mais de 3% na semana, enquanto o Nasdaq valoriza acima de 5%.
Hoje, o S&P 500 futuro registra uma leve queda de 0,1%, refletindo uma possível realização de lucros após os ganhos da semana. Na Europa, o Stoxx Europe sobe 0,3%, enquanto o FTSE 100 recua 0,4%. Na Ásia, o Nikkei 225 disparou 3,6%, e o Shanghai Composite subiu 0,1%.
Os investidores aguardam a divulgação de mais dados econômicos dos EUA, incluindo as construções de moradias em julho e o índice de sentimento do consumidor preliminar de agosto da Universidade de Michigan. A fala do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, prevista para as 14h25, também será monitorada de perto.
Cenário doméstico: Ibovespa próximo de nova máxima
No Brasil, o Ibovespa atingiu uma nova máxima histórica durante o pregão de ontem, chegando a 134.574 pontos antes de fechar o dia em 134.153 pontos, com alta de 0,63%. O setor financeiro, especialmente os bancos, e as ações da Petrobras e da Vale foram os principais responsáveis por impulsionar o índice.
Hoje, os investidores podem ver um movimento de realização de lucros, comum após uma semana de fortes altas. O dólar subiu 0,3% ontem, cotado a R$ 5,48.
Foco no Banco Central e IBC-Br
O Banco Central do Brasil divulga hoje o IBC-Br de junho, considerado uma prévia mensal do PIB. A expectativa do mercado é de uma alta de 0,60% na comparação mensal e de 2,60% na anual.
Esse dado pode influenciar as expectativas para a próxima reunião do Copom, onde há especulações sobre possíveis cortes na Selic.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falará hoje em um evento em São Paulo e o mercado estará atento a possíveis sinais sobre a trajetória dos juros.
Além disso, a votação do projeto de desoneração da folha de pagamentos, que foi adiada para a próxima terça-feira, continua no radar dos investidores.
Petróleo e commodities em queda
O petróleo opera em baixa hoje, com o WTI cotado a US$ 76,6 o barril, em meio a tensões geopolíticas no Oriente Médio e à perspectiva de queda na demanda da China.
O minério de ferro também recua 1,6% em Singapura, cotado a US$ 91,85 a tonelada, refletindo as preocupações contínuas com a demanda chinesa.
Corporativo
A combinação das operações do Grupo Soma e Arezzo, recentemente anunciada, deve gerar sinergias de R$ 1,09 bilhão em ganhos de receita até 2027, segundo a Azzas 2154.
Já a Marfrig informou em teleconferência que planeja iniciar o abate de gado próprio ainda este ano e confirmou que a BRF pagará dividendos.
A Ambipar vendeu uma frota não estratégica no Brasil por R$ 717 milhões, e a Rumo Malha Paulista anunciou uma emissão de R$ 800 milhões em debêntures.
Imagem: Piqsels
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