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A Raízen Energia, subsidiária integral da Raízen (RAIZ4), anunciou a obtenção de um financiamento de R$ 1 bilhão junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de uma planta de etanol celulósico de segunda geração (E2G) em Andradina, São Paulo.
O projeto, que terá capacidade de produção anual de até 82 milhões de litros, faz parte da estratégia da empresa de expandir a produção de biocombustíveis avançados no Brasil.
Nesta quarta-feira (8), os papéis da Raízen operam em forte queda, com um recuo de 2,20%, em um dia de quedas generalizadas para o Ibovespa. Às 11h45, somente três ações (Hypera, IRB Brasil e WEG) registravam desempenho positivo.
Financiamento e objetivo do projeto da Raízen
O financiamento será dividido igualmente entre recursos do Programa BNDES Mais Inovação e do Fundo Clima, totalizando R$ 1 bilhão. A planta de Andradina é a primeira de seis unidades planejadas pela Raízen para viabilizar economicamente a produção de etanol de segunda geração até 2028.
A construção da unidade está orçada em R$ 1,4 bilhão e deve gerar mais de 1.500 empregos diretos durante a fase de obras. Após sua conclusão, a planta empregará cerca de 200 trabalhadores.
Atualmente, a produção global de E2G é incipiente, representando menos de 1% da produção total de etanol no Brasil, que alcançou 34,2 bilhões de litros em 2024. Com as novas unidades, a capacidade nacional de E2G poderá atingir 440 milhões de litros anuais.
Produção de etanol avançado
O etanol de segunda geração é produzido a partir da celulose contida no bagaço da cana-de-açúcar, utilizando enzimas especialmente desenvolvidas. Essa matéria-prima é fermentada para obter o biocombustível, diferentemente do processo convencional que usa o caldo da cana.
O E2G pode ser usado como base para a produção de combustíveis sustentáveis, como SAF (Sustainable Aviation Fuel), hidrogênio verde e combustível marítimo. Esses biocombustíveis estão alinhados com os objetivos de transição energética e inovação tecnológica da nova política industrial brasileira.
Declarações do BNDES
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o projeto ajudará a atrair investimentos e expandir a fronteira tecnológica brasileira, fortalecendo a cadeia de fornecedores de insumos e equipamentos.
Já José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, mencionou que a demanda mapeada pelo banco para investimentos em SAF e combustível marítimo é estimada em R$ 167 bilhões. “São aportes que posicionarão o Brasil como um dos líderes globais na produção de novos biocombustíveis”, afirmou.
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