Receita Federal vai monitorar dados de cartão de crédito e Pix: entenda as mudanças

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

A partir de 2025, a Receita Federal do Brasil irá ampliar significativamente o seu alcance sobre as transações financeiras dos contribuintes. Com a implementação da Instrução Normativa 2.219/2024, que entrou em vigor no início de janeiro deste ano, a Receita terá acesso a um volume maior de informações oriundas de cartões de crédito e transações através do Pix. Esta medida visa aprimorar a fiscalização e incrementar a eficiência na administração das operações financeiras nacionais.

Conforme informações divulgadas pela Agência Brasil, esta atualização normativa exigirá que operadoras de cartão de crédito, instituições de pagamento e bancos forneçam dados detalhados de transações à Receita, através do módulo eletrônico e-Financeira. Este módulo é parte integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), o qual já vinha sendo utilizado para o registro de outros tipos de movimentações financeiras.

Quem será afetado por estas novas regras de fiscalização?

Anteriormente, apenas as instituições financeiras, como bancos tradicionais e cooperativas de crédito, estavam obrigadas a reportar informações à Receita Federal. Agora, com as novas regras, a obrigatoriedade se estende a operadoras de cartões de crédito, plataformas de pagamento e grandes varejistas que oferecem serviços financeiros. Este grupo inclui bancos digitais e qualquer instituição que lide com emissões de cartões ou transferências de montantes significativos.

Segundo a normativa, transações mensais que ultrapassem R$ 5 mil, no caso de pessoas físicas, e R$ 15 mil para pessoas jurídicas, devem ser informadas à Receita. Estes dados serão coletados semestralmente: até o último dia útil de agosto para operações do primeiro semestre e até o último dia útil de fevereiro para as do segundo semestre do ano anterior.

Como o monitoramento impactará transações via Pix e cartões de crédito?

Com a inclusão de transações efetuadas por Pix e cartões de crédito, a Receita Federal busca adaptar sua fiscalização às inovações tecnológicas no setor financeiro. Ao ampliar o escopo de informações coletadas, pretende-se aumentar a transparência e o controle sobre a movimentação de dinheiro, sobretudo no combate à evasão fiscal.

O sistema e-Financeira, que já é responsável pela coleta de dados financeiros como cadastros, movimentações bancárias, investimento e previdência privada, passará a incluir também registros de contas pós-pagamentos e operações envolvendo moeda eletrônica. Isso torna o sistema uma ferramenta ainda mais robusta para o monitoramento das atividades financeiras no Brasil.

Pix de R$ 5 mil na mira: entenda as novas regras da Receita Federal
Receita Federal – Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb

Por que essas mudanças são importantes para o combate à evasão fiscal?

O acompanhamento mais rigoroso das transações está alinhado com compromissos internacionais que visam a transparência nas operações financeiras e a cooperação global. A Receita Federal ressalta que estas medidas são fundamentais para prevenir práticas de evasão fiscal. Com um panorama mais claro das movimentações financeiras, torna-se mais viável identificar irregularidades e infrações relacionadas a pagamentos de tributos.

Além disso, esta política de monitoramento reforça os compromissos do Brasil com a comunidade internacional, colaborando para um ambiente financeiro mais transparente e seguro globalmente. Isso é particularmente relevante em um contexto onde as transações eletrônicas têm se tornado cada vez mais comuns e complexas, exigindo um controle eficaz e eficiente.

Quais são as perspectivas futuras para a fiscalização financeira no Brasil?

Com as novas diretrizes, espera-se que a Receita Federal consiga não apenas aumentar a arrecadação fiscal, mas também promover um ambiente de concorrência leal entre empresas, ao desincentivar práticas desleais de sonegação. Este passo também é visto como parte de um esforço maior para modernizar e digitalizar as práticas fiscais no país, adaptando a Receita às novas dinâmicas do mercado financeiro digital.

Por outro lado, a medida coloca o Brasil em consonância com tendências globais de fiscalização financeira, onde a troca de informações entre instituições é cada vez mais frequente para garantir a observância das obrigações fiscais pelos contribuintes. Ainda que efetivas, essas transformações exigirão constante atualização e adaptação por parte das entidades financeiras e dos próprios órgãos reguladores.

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