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No Brasil, a realização do sonho da casa própria tem enfrentado desafios, especialmente após recentes mudanças nas regras de financiamento de imóveis usados. A Caixa Econômica Federal relata uma significativa diminuição na liberação de crédito para estas propriedades, conforme o governo prioriza imóveis novos.
Essas novas diretrizes impactam principalmente os cotistas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que se encontram na faixa de renda acima de R$ 8 mil. Entre maio e outubro, observou-se uma redução drástica de 98% na concessão de financiamentos para imóveis usados, o que tornou a compra de propriedades antigas menos acessível para várias famílias.
FGTS: Por que as regras de financiamento de imóveis mudaram?
As transformações no financiamento de imóveis usados se iniciaram com o objetivo de suprir um déficit habitacional importante no Brasil, utilizando casas desocupadas. Esta era uma estratégia vigente desde o governo anterior e foi mantida pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. O plano tinha como alvo reduzir o déficit habitacional que totalizava 6,2 milhões de moradias.
Contudo, a procura superou as expectativas, especialmente entre famílias de maior renda. Em 2023, as transações envolvendo imóveis usados representaram uma fatia considerável dos financiamentos pelo FGTS. Este cenário levou o governo a reavaliar sua abordagem, visando equilibrar o uso dos recursos e apoiar o setor de construção civil, que sofre impacto com a redução na demanda por imóveis novos.
Como as novas diretrizes influenciam o mercado imobiliário?
As regras reformuladas para 2023 restringem o financiamento de imóveis usados para redistribuir os recursos de forma mais justa. Subsídios anteriormente disponíveis para essas transações foram ajustados. Ainda, medidas restringiram acessibilidade, visando famílias com rendas mais baixas.
O programa Pró-Cotista, por exemplo, teve suas regras endurecidas. Apenas cotistas com renda mensal abaixo de R$ 12 mil podem financiar imóveis usados, e a entrada exigida aumentou para 50%. Além disso, o valor máximo do imóvel usado que pode ser financiado foi reduzido para R$ 270 mil.
O que o governo pretende com essas mudanças?
O ministro das Cidades, Jader Filho, destaca que essas alterações buscam uma proporção adequada entre a oferta de imóveis novos e usados, contribuindo para a economia local e nacional. Imóveis novos tendem a estimular a economia através da criação de empregos no setor da construção.
Ainda há preocupações referentes ao papel reduzido do Pró-Cotista no FGTS, que poderia ter suporte maior para as famílias que enfrentam essas novas limitações. O ministro sugere a necessidade urgente de discussões sobre fontes de financiamento habitacional alternativas, para responder à demanda crescente.
Simulação do Financiamento Habitacional pelo MCMV
Para aqueles que desejam planejar a compra de um imóvel, a Caixa Econômica Federal disponibiliza um simulador online. A seguir, são apresentados os passos para realizar uma simulação de financiamento:
Visite o site do simulador habitacional da Caixa e selecione “Simulador Habitacional Caixa”.
Preencha as informações iniciais no formulário e prossiga para a próxima fase.
Escolha o tipo de relacionamento que deseja ter com a Caixa.
Confira os detalhes da simulação, como condições de pagamento e taxas de financiamento, podendo acessar mais detalhes em “Tabela Fase de Amortização”.
Se a simulação não estiver satisfatória, refaça o cálculo ou envie para avaliação por um especialista da Caixa.
Submeta suas informações de contato e aguarde o retorno de um especialista para avançar com o processo de compra da sua casa própria.
Essas ferramentas visam tornar o processo de entender e acessar o financiamento mais transparente e acessível para os interessados em adquirir um imóvel.
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