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A Rumo (RAIL3) reportou um prejuízo líquido de R$ 259 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro líquido de R$ 1 milhão registrado em 2023. Em 2024, o prejuízo somou R$ 948 milhões, contrastando com o lucro de R$ 722 milhões registrado em 2023.
O resultado foi afetado por eventos não recorrentes, informou a empresa. O balanço trimestral foi divulgado na noite desta última quinta-feira (20).
Apesar do prejuízo contábil, a Rumo apresentou crescimento operacional, com aumento de 32,4% na receita operacional líquida trimestral, que atingiu R$ 3,5 bilhões. No acumulado de 2024, a receita totalizou R$ 13,9 bilhões, uma alta de 27,4% na comparação anual.
O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) trimestral caiu 0,4%, para R$ 1,2 bilhão. A margem EBITDA recuou 11 pontos percentuais (p.p.), ficando em 34,7% no trimestre.
No acumulado do ano, o EBITDA ajustado foi de R$ 4,7 bilhões, com queda de 16,2%, e margem de 34%, uma redução de 18 p.p.
Desempenho operacional
Mesmo diante de desafios climáticos e queda nas exportações de milho, a Rumo ampliou o volume transportado em 1,6% no 4T24, alcançando 19,9 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU). No acumulado do ano, o volume cresceu 3,2%, totalizando 79,8 bilhões de TKU.
A companhia também expandiu sua participação de mercado (market share) em Mato Grosso, com avanço de 14 p.p. no trimestre e 5 p.p. no ano. As tarifas de transporte cresceram 25% no quarto trimestre de 2024 e 24% no acumulado de 2024, contribuindo para a geração de receita.
A alavancagem financeira foi mantida em 1,4 vez a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado. Os investimentos (Capex) somaram R$ 1,9 bilhão no trimestre e R$ 5,5 bilhões no ano.
Projeções da Rumo para 2025
A Rumo também divulgou suas projeções financeiras e operacionais para 2025:
- Volume transportado: entre 82 e 86 bilhões de TKU
- EBITDA: entre R$ 8,1 e R$ 8,7 bilhões
- Capex: entre R$ 5,8 e R$ 6,5 bilhões
A empresa informou que as projeções consideram indicadores macroeconômicos fornecidos por consultorias externas e não incluem efeitos de aquisições, desinvestimentos ou novas concessões.
Além disso, a companhia reafirmou que as estimativas para a construção da Ferrovia do Mato Grosso, divulgadas em agosto de 2024, continuam válidas.
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