‘Sabrina’ faz 70 anos; veja curiosidades – 03/11/2024 – Baú do Cinema



Junte uma estrela em ascensão, dois astros já consolidados, um diretor versátil e uma comédia romântica. Esta receita de sucesso resultou em “Sabrina”, de Billy Wilder que completou 70 anos recentemente. Em 23 de setembro de 1954, Los Angeles e Nova York receberam premieres do longa. A estreia nos cinemas dos EUA aconteceu em outubro.

A trama é um clássico da comédia romântica. Sabrina, interpretada por Audrey Hepburn, é filha do chofer da rica família Larrabee e apaixonada por David, bon-vivant e filho mais novo dos patrões, interpretado por William Holden. Claro que ele não liga para ela.

Tudo muda quando a garota volta de uma temporada em Paris, transformada em uma mulher sofisticada. Sabrina chama a atenção de David e do irmão do playboy, Linus, um sisudo executivo interpretado por Humphrey Bogart. A seguir, confira curiosidades sobre o filme.

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A peça que virou filme

A Paramount pagou US$ 75 mil pelos direitos de “Sabrina Fair”, peça de Samuel Taylor, antes de o texto chegar aos palcos. A condição era de que o filme só fosse lançado após um ano de a futura montagem entrar em cartaz. A peça estreou em Nova York em 1953, e o longa começou a ser produzido em setembro do mesmo ano. Taylor foi creditado como co-roteirista do filme _ele deixou o projeto após Wilder fazer muitas alterações na trama.

Quem descobriu a peça

Segundo o American Film Institute, há divergências sobre quem se interessou em levar a peça ao cinema. Algumas fontes dizem que Audrey Hepburn, que vinha do sucesso de “A Princesa e o Plebeu” (1953), leu o texto e convenceu a Paramount a comprá-lo. Outra versão diz que a sugestão ao estúdio foi feita pelo diretor Billy Wilder, já pensando em Audrey como Sabrina.

O nome do filme

Inicialmente, o longa recebeu o título provisório de “Sabrina Fair”, como a peça de Taylor. Mais tarde, a Paramount pensou em mudar para “A Filha do Motorista”, mas, ao final, ficou apenas “Sabrina”.

A escolha de Bogart

Cary Grant foi cotado para interpretar Linus, mas recusou o papel. Teria rejeitado o personagem porque não queria carregar um guarda-chuva em cena. A Paramount fechou com Humphrey Bogart. O ator, estrela da Warner por muitos anos, assinou contrato de US$ 200 mil em salário e aprovação do roteiro. “Sabrina” foi o primeiro filme do astro no estúdio.

A produção

O longa foi filmado entre setembro e novembro de 1953. Além dos estúdios da Paramount em Los Angeles, cenas foram rodadas em locações. A mansão dos Larrabee ficava em Beverly Hills, em Los Angeles. A propriedade, que apareceu em outros filmes, foi demolida nos anos 1960. Já o exterior das empresas Larrabee foi rodado no endereço 30 Broad Street, em Manhattan, Nova York.


Os figurinos de ‘Sabrina’

Audrey Hepburn queria o estilista Cristóbal Balenciaga, um dos mestres da alta costura parisiense à época, como criador das roupas de Sabrina. Ele recusou o convite, e indicou Hubert de Givenchy, seu protegido. Givenchy não conhecia a atriz. Só aceitou atendê-la por pensar se tratar de outra estrela, Katharine Hepburn.

A química entre Audrey e Givenchy foi instantânea e levou o estilista à fama. Ele criou as roupas de Sabrina na fase pós-Paris, entre elas o vestido coquetel preto e o tomara que caia de noite usado no baile dos Larrabee. O francês seguiu desenhando roupas para Hepburn por 40 anos, inclusive em filmes, como “Bonequinha de Luxo” (1960) e “Cinderela em Paris” (1957). Esta história é contada na série “Cristobal Balenciaga”, da Disney+.

Oscars

“Sabrina” foi indicado a seis Oscar em 1955. Ganhou o de figurino em filmes em preto e branco, categoria que existia à época. Givenchy fez os figurinos icônicos de Hepburn, mas não levou a estatueta. Ela foi para a lenda hollywoodiana Edith Head. Detentora de oito Oscar de figurino em toda sua carreira, Edith havia desenvolvido as roupas de Sabrina apenas na fase pré-Paris.

As outras indicações que o longa recebeu foram: melhor atriz (Audrey Hepburn), melhor diretor (Billy Wilder), melhor roteiro (Billy Wilder, Samuel Taylor e Ernest Lehman), melhor cinematografia em preto e branco (Charles Lang) e melhor direção de arte em preto e branco (Hal Pereira, Walter H. Tyler, Sam Comer e Ray Moyer).

Refilmagem

Em 1995, a Paramount produziu um remake de “Sabrina”, dirigido por Sydney Pollack (“A Noite dos Desesperados” e “Tootsie”). Julia Ormond interpretou a personagem título, Harrison Ford foi Linus e Greg Kinnear, David.


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