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O requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a crescente influência das casas de apostas no orçamento das famílias brasileiras ganhou o apoio necessário em sessão no Senado, nesta terça-feira (8). Ontem, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, leu o pedido, que contou com a assinatura de 30 parlamentares.
Apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), o requerimento precisava de no mínimo 27 assinaturas para avançar em discussões.
Investigação de crimes financeiros e uso de influenciadores em casas de apostas
A CPI terá 130 dias para concluir seus trabalhos, contando com 11 membros titulares e sete suplentes. Com um orçamento de R$ 110 mil, a comissão também vai apurar a possível associação das empresas de apostas com organizações criminosas envolvidas em lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Além disso, será investigado o papel de influenciadores digitais na promoção dessas atividades.
Soraya destacou que o vício em apostas on-line é um problema silencioso, diferentemente de outras formas de dependência, como o álcool e as drogas ilícitas. A senadora levantou suspeitas de que os softwares dessas plataformas são programados para garantir lucros excessivos às empresas, lesando os apostadores.
Repercussão entre os senadores
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), elogiou a iniciativa e reforçou a necessidade de um debate sobre o impacto social e econômico das apostas on-line. Randolfe também chamou atenção para os riscos que essa prática traz para a saúde pública, ressaltando que o problema vai além das finanças familiares.
O senador é autor de um projeto de lei (PL 3.563/2024) que propõe medidas para regular a publicidade das plataformas de apostas, buscando mitigar os danos causados pela disseminação dessas atividades no Brasil.
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