As Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) revelaram que a Cruz Vermelha notificou os militares de que o refém Hesham al-Sayed foi entregue a eles pelo Hamas na cidade de Gaza, sem qualquer cerimônia.
A Cruz Vermelha está agora transportando al-Sayed, de 36 anos, até os militares das IDF, dentro de Gaza, para depois escoltá-lo para fora do pequeno enclave.
O homem estava preso em Gaza há uma década. O beduíno israelense tinha 28 anos quando entrou no território palestino perto da passagem de Erez, em abril de 2015.
O pai revelou que essa não foi a primeira vez que Hesham al-Sayed entrou na Faixa de Gaza, mas, da última vez, ele foi capturado pelo Hamas e ficou sob o controle do grupo. Antes de entrar no enclave, ele havia sido diagnosticado com doenças mentais.
“Ele foi diagnosticado com esquizofrenia e um transtorno de personalidade, entre outras condições, e foi repetidamente internado”, explicou a Human Rights Watch.
Desde que entrou na Faixa de Gaza, só se ouviu falar do israelense em 2022, quando o Hamas divulgou um vídeo no qual ele aparecia exausto, deitado em uma cama e conectado a um cilindro de oxigênio.
O Hamas já havia entregue hoje, em dois momentos e locais diferentes, cinco reféns israelenses à Cruz Vermelha, incluindo o luso-israelense Omer Shem Tov.
Além do refém com nacionalidade luso-israelense, foram libertados Omer Wenkert e Eliya Cohen.
No início da manhã, outros dois reféns foram libertados na cidade de Rafah, em Gaza: Abera Mengistu, israelo-etíope, sequestrado pelo Hamas há mais de uma década, e Tal Shoham, israelo-austríaco, levado do kibutz Beeri em outubro de 2023.
Após mais de 15 meses de guerra, que resultaram em pelo menos 48.208 mortos e mais de 111 mil feridos, as partes em conflito chegaram, em meados de janeiro, a um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro e previa a troca de 33 reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas por centenas de palestinos encarcerados em prisões de Israel.
Do lado israelense, está prevista a libertação de cerca de 600 prisioneiros palestinos.
Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 19 de janeiro, esta é a sétima troca de reféns por prisioneiros.
Leia Também: Hamas liberta 5 dos 6 reféns previstos na primeira fase do cessar-fogo