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A SLC Agrícola anunciou nesta segunda-feira que comprou uma fatia de sua controlada SLC Landco, por R$ 524,8 milhões. A informação não parece ter agradado investidores, já que as ações da empresa (SLCE3) caíram 1,39% só no pregão de hoje, enquanto o Ibovespa registra leve alta.
Na última semana de setembro, as ações da SLC Agrícola foram rebaixadas pelo JP Morgan, que mudou sua recomendação de “compra” para “neutro”, levando o preço-alvo de R$ 26 para R$ 23, para o fim de 2025.
O rebaixamento veio logo após as ações registrarem forte alta, em reação à divulgação das previsões (guidance) da empresa para 2024/2025.
No relatório, a empresa demonstra a melhora nos rendimentos de soja e custos reduzidos, que devem contribuir para a safra de 2025, com um aumento esperado de 20% no EBITDA em relação ao ano anterior.
Perspectiva do banco
Na contramão do que é apontado por alguns analistas, de que haveria um potencial de alta para as ações da SLC Agrícola a partir de melhores preços de commodities, principalmente para o algodão, o JP Morgan acredita que os pontos fortes da empresa já estão refletidos no preço atual das ações.
Por esse motivo, o banco optou por reduzir a estimativa de Ebitda para 2025 em 6%, para R$ 2.618 bilhões, à medida que incorporam estimativas de preços mais baixos para a soja.
O JPMorgan sugere que as avaliações atuais das ações são justificadas, negociando a 5,3 vezes o EBITDA estimado para 2025, com um rendimento de fluxo de caixa livre de 5,9%.
A revisão na classificação das ações e no preço-alvo, segundo o banco, trata-se de uma medida cautelosa sobre o desempenho financeiro futuro da SLC Agrícola, apesar da recente orientação positiva.
Guidance da SLC Agrícola
Em comunicado ao mercado, a empresa informou sua intenção inicial de área plantada, produtividade e custo de produção por hectare para a safra 2024/25, bem como a posição de hedge de commodities e câmbio atualizada para a safra.
Segundo o Guidance da SLC Agrícola para a safra 2024/2025, a empresa projetou uma área plantada com 736,9 mil hectares, com crescimento de 11,4% em relação à safra 2023/2024. A empresa ressalta que o aumento de área plantada reflete as últimas operações divulgadas: a ampliação da parceria com o Grupo Soares Penido, nova joint venture criada com a Agropecuária Rica e o novo contrato de arrendamento celebrado no Piauí.
A companhia também mostra que por meio da estratégia de mix de plantio poderá retornar para o potencial máximo de maximização de retorno das culturas, a exemplo da primeira intenção de plantio da safra 2023/24.
Queda no custo por hectare
Segundo a empresa, os custos por hectare orçados para a safra 2024/25 tiveram 5,2% de queda em relação ao valor da safra 2023/24, que foi orçada em 7.034. O movimento é decorrente do nos preços dos fertilizantes, defensivos e sementes relacionados aos preços das commodities.
Algodão (1ª safra): queda de 2,5%
Algodão (2ª safra): queda de 2,0%
Soja: queda de 8,3%
Milho (2ª safra): queda de 7,8%
Dividendos da SLC Agrícola
Segundo analistas, a perspectiva de pagamentos de dividendos da SLC Agrícola é menos atraente neste momento, considerando que a empresa poderia priorizar o capex de expansão em vez de pagamentos de dividendos e recompras de ações no curto prazo.
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