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A taxa de desemprego chegou a 6,9% no trimestre encerrado em junho de 2024, a menor taxa para um trimestre encerrado em junho, desde 2014 (6,9%), o resultado veio conforme as projeções do mercado. Com isso, o indicador fica abaixo da metade da maior taxa da série histórica da PNAD Contínua, de 14,9%, observada no trimestre encerrado em março de 2021, durante a pandemia de Covid-19.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (31) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
A população desocupada — aqueles que procuravam por trabalho — caiu para 7,5 milhões de pessoas, com reduções de dois dígitos em ambas as comparações da PNAD Contínua: −12,5% (equivalente a 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e −12,8% (equivalente a 1,1 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
Recorde na população ocupada
A população ocupada atingiu novo recorde da série histórica, chegando a 101,8 milhões. O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano.
Novamente, o número de empregados do setor privado (52,2 milhões) foi recorde, impulsionado pelos novos recordes nos contingentes de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões).
Já a população fora da força de trabalho não teve variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,7 milhões.
“Observa-se a manutenção de resultados positivos e sucessivos. Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres”, destaca a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.
Rendimento dos trabalhadores cresce nas duas comparações
No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Como consequência, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.
A população desalentada, recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho de 2024. Foi o seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões), com quedas de 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano. Com isso, o percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (2,9%) foi o menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%).
*Com informações da agência CMA.
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