‘Tivemos coisas muito mais positivas do que negativas neste processo’, diz Dorival Júnior

Dorival Júnior reconheceu as fragilidades da seleção brasileira na eliminação da equipe na Copa América, mas evitou lamentar a campanha do time nesta Copa América. Na avaliação do treinador, o saldo foi positivo, apesar da queda na fase de quartas de final, nos Estados Unidos. O Brasil se despediu com derrota para o Uruguai nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal.

“É natural que, depois de uma partida como essa, tudo o que poderia ter sido levado em conta, apaga-se. Tenho de ter consciência clara. É natural que muitas coisas aconteceram na competição, não fizemos jogos de um ótimo nível tecnicamente falando, mas também não descarto nenhuma das partidas (da seleção na Copa América). Houve entrega, espírito de luta. A equipe nunca deixou de ir atrás do resultado. Foi uma equipe valente sempre, tivemos coisas muito mais positivas que negativas neste processo”, afirmou o treinador.

Dorival valorizou o esforço da seleção para tentar furar a retranca uruguaia, principalmente depois que Nandez foi expulso na metade do segundo tempo, deixando o Brasil em situação de superioridade numérica em campo. “A equipe adversária soube como marcar, abrimos, tivemos dois homens de finta pelos lados. Tentamos com movimentações e infiltrações, troca de passes”, analisou, antes de admitir: “Em termos de criação, não foi um grande dia. As duas zagas prevaleceram sobre os ataques”.

O técnico também reconheceu que faltou “lucidez técnica” no clássico sul-americano. “Foi um jogo de muitos duelos e trocação. Foram poucos momentos de lucidez técnica das duas equipes. A partir do momento que ficamos com um jogador a mais nos complicamos, não tivemos lucidez para ir pelos lados do campo. Não aconteceu como queríamos.”

Dorival reforçou seu discurso de que a seleção segue um processo de crescimento desde que assumiu a função de treinador da equipe, em janeiro. “Você naturalmente passa por dificuldades no processo de montagem, é um fato. Saímos da Copa do Mundo para agora, com dois anos de trabalho aproximando-se de uma nova competição. A primeira oficial foi essa, realmente um pouco distante do que gostaríamos, um chaveamento pesado do nosso lado, equipes num momento tecnicamente, com volume de trabalho maior, oscilações aconteceriam na competição. Você sai invicto de uma competição, mas não satisfeito, poderíamos ter coisas melhores, pelo o que treinamos, a expectativa era um pouco acima.”

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