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O trecho da BR-381 entre Governador Valadares e Belo Horizonte, em Minas Gerais, passou por concessão em agosto do ano passado, e teve a 4UM Investimentos como vencedora do leilão. A empresa destinará R$ 9,3 bilhões ao longo de 30 anos para melhorias e modernizações.
O contrato, firmado em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê investimentos de R$ 9,3 bilhões ao longo de 30 anos. O grupo vencedor criou a Concessionária Nova 381, que administrará e responderá pela operação e manutenção da BR-381 em Minas Gerais.
A BR-381, conecta São Mateus (ES) a São Paulo, sendo um corredor estratégico para o escoamento de produtos industriais. A modernização do trecho mineiro é essencial para melhorar a segurança e a logística no estado, que possui grande dependência da rodovia para atividades econômicas.
Melhorias e segurança na BR-381
O projeto contempla a duplicação de pistas, correção de traçados e instalação de pistas de escape, visando reduzir os altos índices de acidentes no trecho. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, entre 2018 e 2023, foram registradas 3.960 ocorrências e 420 mortes na estrada, conhecida pelas curvas sinuosas e pistas simples.
Além disso, a Concessionária Nova 381, oferecerá pedágio gratuito no primeiro ano e descontos para usuários frequentes. O tráfego médio diário no trecho é de 24,7 mil veículos, abrangendo 13 cidades diretamente.
Ajustes para atrair investidores
Após três tentativas frustradas em leilões anteriores, o projeto foi reestruturado para atrair investidores. Entre as mudanças, o Ministério dos Transportes retirou dois lotes próximos a Belo Horizonte, que serão executados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com um aporte de R$ 1 bilhão do governo federal.
“O Brasil construiu um modelo mais sustentável de concessões, onde obras mais complexas oferecem maior retorno ao investidor”, afirmou o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Ausência de Romeu Zema é criticada por Lula
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, não compareceu ao evento, o que foi alvo de críticas do presidente Lula. Segundo o presidente, as obras integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), desenvolvido com a colaboração dos governadores. Lula destacou que o acordo sobre a dívida dos estados com a União beneficiou diretamente Minas Gerais.
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