Francisco Antônio Gomes de Souza, 38, conselheiro tutelar do município, explica que essa água, antes de ser entregue à população, passava por um processo de dessalinização. “Só que isso não tira o urânio”, diz.
Todas as famílias foram pegas de surpresa, ninguém percebeu nada de diferente na água. Eles chegaram e fecharam os poços no fim do mês sem dar muitos detalhes, até que teve a audiência. Todos ficamos preocupados porque ninguém sabe se foi uma contaminação recente. Temos poços aqui de 1996.
Francisco Antônio
A Sesa informou que já solicitou apoio ao Ministério da Saúde para investigação epidemiológica. A pasta também está fazendo um plano de amostragem para analisar a qualidade da água de todo o município. O resultado deve sair até o fim de novembro.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que está acompanhando de perto a situação, e já realizou reunião com gestores e técnicos da Sesa e do Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear para avaliar possíveis riscos à população.
“Os especialistas do IRD/Cnen esclareceram que nesse primeiro momento os resultados não são alarmantes, pois não se trata de toxidade radiológica”, diz.
Segundo a presidente da Associação dos Moradores de Trapiá, Julia Pinto, moradores do distrito foram avisados que vão passar por exames. “Estamos esperando a Secretaria, mas foi falado na audiência que vamos ter coleta de sangue e urina”, diz.
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