Vale recebe nota máxima da Moodys para emissão de debêntures de R$ 6 bilhões

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

A Vale (VALE3) recebeu o rating AAA.br da agência de classificação de risco Moody’s à sua décima emissão de debêntures, no valor de R$ 6 bilhões. A emissão será dividida em três séries, com vencimentos previstos para 2034, 2036 e 2039.

Segundo a mineradora, os recursos captados serão destinados exclusivamente a projetos de investimento da companhia, classificados como prioritários pelo governo, conforme a Lei 12.431. Esses projetos contam com incentivos fiscais, reduzindo a carga tributária para os investidores.

Detalhes da emissão

A emissão será composta por três séries:

1ª série (R$ 3 bilhões): com remuneração atrelada ao título público Tesouro IPCA+ com vencimento em 15 de maio de 2035, menos 0,3% ao ano e vencimento previsto para 15 de outubro de 2034.

2ª série (R$ 1,8 bilhões): com remuneração atrelada ao Tesouro IPCA+ com vencimento em 15 de maio de 2035, menos 0,25% ao ano. O vencimento está previsto para 15 de outubro de 2036.

3ª série (R$ 1,2 bilhões): com remuneração atrelada ao Tesouro IPCA+ com vencimento em 15 de agosto de 2040, menos 0,2% ao ano e vencimento em 15 de outubro de 2039.

O pagamento dos juros das três séries será semestral, com início em abril de 2025.

Implicações para investidores

A classificação AAA.br é a mais alta dentro da escala nacional da Moody’s, refletindo a solidez financeira da Vale e sua capacidade de honrar os compromissos dessas debêntures. Esse rating, associado à isenção fiscal, torna a emissão mais atrativa para investidores que buscam papéis de longo prazo com menor risco.

É importante observar que, apesar da captação aumentar a dívida bruta da Vale, o impacto nos indicadores financeiros será limitado. A relação dívida bruta/EBITDA passará de 0,88x para 0,94x, mantendo-se dentro de níveis considerados confortáveis pelo mercado.

Fatores de risco

Os investidores devem ficar atentos a eventuais mudanças no cenário regulatório, especialmente no que diz respeito ao tratamento fiscal das debêntures. Caso as debêntures percam os benefícios fiscais, a Vale se compromete a arcar com os tributos, o que pode afetar a atratividade do papel.

Além disso, um aumento significativo nos custos relacionados ao desastre de Brumadinho ou uma deterioração no ambiente macroeconômico podem afetar a liquidez da companhia e, consequentemente, sua capacidade de manter o perfil de crédito.

Desafios com fatores externos

Neste ano, a Vale acumula uma queda de 15% devido à volatilidade dos preços do minério de ferro e outros fatores externos, como a economia da China em níveis abaixo do esperado. Somente na última quinta-feira (17), a companhia chegou perder R$ 7,3 bilhões em valor de mercado.

Apesar das intempéries, os bancos de investimento reiteraram a recomendação de compra para Vale após a divulgação do relatório de Produção e Vendas do terceiro trimestre, com números acima as expectativas do mercado. A mineradora registrou um aumento de 5,5% na produção de minério de ferro (para 91 milhões de toneladas) em relação ao mesmo período de 2023, sendo este o maior volume desde o 2018.

Na tarde desta sexta-feira, as ações da Vale registram queda de 0,25%, cotadas a R$ 60,61.

Expectativas para o rating da Vale

O rating AAA.br da emissão de debêntures da Vale está alinhado com o rating corporativo da empresa, que permanece com perspectiva estável. Isso se deve à forte posição de mercado da mineradora, à sua diversificação geográfica e à gestão eficiente de passivos.

A Vale continua apresentando indicadores financeiros sólidos, com um caixa robusto para cobrir compromissos até 2027.

*Com informações da agência de notícias CMA

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