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O Wells Fargo, quarto maior banco dos Estados Unidos, teve lucro líquido de US$ 5,1 bilhões no terceiro trimestre de 2024, acima do esperado, mas com uma queda de 10,5% em relação aos US$ 5,7 bilhões registrados no mesmo período de 2023, segundo dados do balanço divulgado nesta sexta-feira (11).
Os resultados em relação ao lucro por ação, atualmente de US$ 1,42, também vieram acima das projeções do mercado, que eram de US$ 1,28. No entanto, ficaram 4% abaixo de US$ 1,48, obtido no terceiro trimestre de 2023.
Segundo o CEO do banco, Charlie Scharf, o perfil de ganhos do banco é muito diferente de cinco anos atrás, devido a investimentos estratégicos realizados em alguns negócios, enquanto outros foram vendidos ou tiveram o investimento reduzido.
No pré-mercado de Nova York, as ações do banco (WFCO34) registraram um salto de 4,1% com a publicação do balanço. Por volta das 15h48 (horário de Brasília), as ações do Wells Fargo valorizavam 6,05%, a US$ 61,25.
Receita abaixo das expectativas
Apesar de impressionar nos lucros, o Wells Fargo decepcionou em relação à receita de US$ 20,37 bilhões no período entre julho e setembro, com queda de 2% e pouco abaixo do registrado no mesmo período de 2023, de US$ 20,9 bilhões. A projeção dos analistas da FactSet era de US$ 20,40 bilhões.
Essa queda na receita é atribuída principalmente à pressão da demanda reduzida por crédito e por pagamentos de rendimentos mais altos aos correntistas.
O recuo apenas não interferiu mais nos resultados do banco devido à estratégia de aumento das taxas, que ajudou a compensar a baixa na receita de empréstimos, que caíram 3,5%, de US$ 943 milhões para US$ 910 milhões, devido à queda nos juros.
As taxas tiveram uma alta de 37%, para US$ 672 milhões no terceiro trimestre, impulsionando para cima a receita não proveniente de juros, que avançou 12%, para US$ 8,7 bilhões.
A receita líquida de juros do banco retraiu 11%, para US$ 11,69 bilhões no terceiro trimestre e deve continuar caindo nos próximos meses, com o corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos.
Provisão para perdas de crédito
A provisão para perdas de crédito do banco caiu para US$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre, ante US$ 1,2 bilhão registrado no ano passado.
O banco também registrou perdas líquidas de US$ 447 milhões, cerca US$ 0,10 por ação, em títulos de dívida que estão relacionados a um reposicionamento no portfólio de investimentos de títulos.
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